quinta-feira, novembro 30, 2006

Aborto: Uma questão higiénica?

O padre católico José Luis Borga acusou os políticos portugueses de quererem resumir o problema do aborto clandestino a uma «questão higiénica», defendendo que se trata, sobretudo de um «problema cultural».

«Num ambiente social em que se vive como numa selva, pretende-se, assim legitimar a escolha da morte, desde que esta seja feita de uma forma higiénica».

«Colocar o problema apenas neste nível põe em causa qualquer integridade ética».

«A posição (da Igreja) não vai mudar acerca do aborto porque ele é um sintoma de falta de amor, de desrespeito pela vida e de desumanização».

quarta-feira, novembro 29, 2006

Referendo a 11 de Fevereiro

Interrupção Violenta da Gravidez III

Continuamos a apresentar excertos do artigo publicado no blogue Pela Vida e da responsabilidade do médico Dr. Artur Nunes da Silva.

Quando se fala do aborto pretende-se sempre colocá-lo no terreno da abstracção, evitando-se falar naquilo que se pretende eliminar. Talvez a descrição dos métodos e do testemunho que se lhes segue exemplifique o que realmente se mata num aborto.Métodos abortivos:

Sucção: Com um potente aspirador vai-se desfazendo em pedaços os frágeis membros da criança. O corpo é «remontado» em cima da mesa, qual um puzzle, de forma a que o abortista possa verificar a eficiência do seu «trabalho», i.e., se não ficaram restos que possam originar infecções.

Raspagem: Com uma legra (objecto cortante) vai-se esquartejando e retirando pedaço a pedaço o corpo da criança.

Indução de contracções, pílulas abortivas, injecção intra-amniótica e corte do cordão umbilical.

Observando estes procedimentos numa ecografia vê-se a criança esperneando e esbracejando no estertor da morte.Se se pudessem ouvir os gritos de dor e de incompreensão da criança, pelo assassínio de que é vítima, no seio do lugar mais seguro e sagrado do Mundo, o ventre de sua mãe, todos nós estremeceríamos de horror com semelhante manifestação de sofrimento do mais inocente dos inocentes. Isto faz-me lembrar como quase todos encaramos o «espectáculo» de milhares de peixes a saltar nas redes - estrebuchando por asfixia numa morte lenta -, simplesmente porque não ouvimos os seus gritos de sofrimento. O silêncio na morte do feto faz-nos tragicamente assemelhá-la à dum simples peixe.
Nunes da Silva

terça-feira, novembro 28, 2006

Interrupção Violenta da Gravidez II

Continuamos a apresentar excertos de um excelente artigo do médico Dr. Artur Nunes da Silva, escrito especificamente para o blogue Pela Vida.
..."Nunca se pode legitimar a morte de um inocente" (1).
Com uma tenacidade assassina, os cultores da morte, ao serviço de obscuros interesses (sei quais são, mas não cabem no contexto do assunto versado), querem institucionalizar o pior dos genocídios, o mais cobarde e traiçoeiro de todos os crimes: o assassínio em massa do maior número possível (assim a desinformação o consiga e as mães o consintam…) de seres com idade inferior ao 70º dia de vida intra-uterina. Se isso eventualmente acontecesse, representaria tal acontecimento uma brecha moral na consciência nacional e um perigoso precedente. Se nas Maternidades e Hospitais do Estado passasse a ser possível matar seres humanos em tempo útil, então como seria possível condenar todo aquele que roubasse ou praticasse um homicídio na pessoa de um seu semelhante se alegasse em sua defesa a "liberdade de consciência" de o ter feito crendo que não estava a fazer nada de mal? Como evitar que, na sequência das propostas legislativas no sentido errado da lei natural, se matem crianças?, já que há gente a mais - tanto desempregado e com a situação a agravar-se - e tendo que o fazer, segundo a mesma lógica, começar-se-á pelos mais pequenos pois para além de serem totalmente dependentes não falam nem andam como nós, adultos.Sujeitar uma decisão que diz respeito à natureza e ao direito mais íntimo e inalienável do Homem, que é o direito à Vida, ao arbítrio despótico de uma maioria circunstancial de «analfabetos» da ética e da moral, é o exemplo mais demonstrativo da iniquidade da Democracia, como símbolo da "Cultura da Morte" e sinónimo de Plutocracia, cujos valores são o dinheiro, ainda o dinheiro, e sempre o dinheiro.
"…a Revolução Francesa, instaurada a Democracia, instaurou o regime do Dinheiro. Hoje é o Dinheiro que governa - mas não só no Estado: principalmente, talvez, na vida social. A Democracia substituiu a moral antiga, cristã espiritual, pela moral material do Dinheiro". (2)...
Nunes da Silva
1.Papa João Paulo II.
2.Alfredo Pimenta, "A Plutocracia", in "A Época", 2/09/1926.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Interrupção Violenta da Gravidez I

O excerto que se segue é de um texto da autoria do Dr. Artur Nunes da Silva, médico, e foi escrito especialmente para o blogue Pela Vida:

Aproxima-se mais uma vez uma nova discussão e um novo referendo sobre a despenalização do aborto. Os promotores do infanticídio avançam com a legalização do mesmo até às 10 semanas, como se a vida só começasse a ter valor a partir das 00 horas do 70º dia após a concepção. Um minuto antes não, ainda não é um ser vivo…, apenas algo incómodo que ocupa o ventre da mulher. O coração bate desde as 3 semanas. Ter-se-á multiplicado o número de corações da mãe? Será o coração de um animal? Certamente que não! Como é possível então que tais «iluminados», sobrepondo-se à Ciência, conseguem estabelecer uma fronteira ontológica? Disporão de conhecimentos que o Mundo desconhece? Porque não compartilham então com os médicos e todos os cientistas as suas descobertas e as suas fontes, que não são Divinas pois Deus no seu 5º Mandamento proíbe-o terminantemente? Constituiriam, tais conhecimentos, a total compreensão dos insondáveis mistérios da vida e da morte...!Desde a concepção até à morte existe apenas um ininterrupto desenvolvimento de um Ser, sem etapas estanques nem saltos evolutivos ou qualitativos. Um feto não tem sequer que ter o aspecto de uma criança, como também uma criança não tem o aspecto de um adulto nem de um idoso. Desde a fecundação até à morte existe sempre e apenas o mesmo Ser, com o mesmo código genético, único e irrepetível. Este código é o código genético de um ser humano que não pode nunca pertencer a um vegetal nem a qualquer outro ser vivo que não um humano. O não-nascido é um ser humano com a mesma dignidade de uma criança, de um adulto ou de um idoso... Nunes da Silva

domingo, novembro 26, 2006

Abençoadas crianças

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Proteger a vida humana: dever ético dos médicos

...“o dever ético de proteger a vida humana e encará-la como valor central deve ser o princípio a partir do qual se deduz todo o comportamento ético dos médicos”.

...“qualquer que seja a opção de cidadania ou de consciência do médico, este está, enquanto tal, obrigado a decidir a sua conduta por um quadro de valores do qual o de referência é a Vida Humana”.

...“é importante os médicos estarem atentos e empenhados no diálogo social colaborando na procura de soluções para as problemáticas que mobilizam a sociedade. Assim se para o aborto a solução poderá estar na protecção social, na contracepção, na educação, na dinamização dos mecanismos de adopção, na eutanásia poderá estar na medicina paliativa, nos cuidados continuados, na oposição veemente à distanásia".

...“o aborto, definido como a interrupção voluntária de um processo evolutivo de uma vida humana em fase embrionária, é passível de punição disciplinar”.

Declarações de Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos, em resposta a um questionário enviado pela Associação dos Médicos Católicos Portugueses.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Verdadeira hipocrisia e falsidade

Nos classificados dos diários de expansão nacional encontram-se anúncios de clínicas espanholas que representam uma verdadeira hipocrisia e uma enorme falsidade: Clínica dos Arcos, até com contacto telefónico em Portugal (a tal da Yolanda muito apoiada pelo ministro da saúde de Portugal), Clínica El Bosque, também com telefone em Portugal, e Clínica Dator (Madrid).
E todas elas dizem esta coisa espantosa: Tratamento voluntário da gravidez.
Como se a gravidez fosse uma doença que precisasse de ser tratada. Quiçá um tumor, um quisto, ou apêndice que necessitasse de ser extraído.
Outra coisa não se esperava destas trituradoras de nascituros, sempre na busca de bons negócios. E parece que Portugal poderá ser um mercado apetecível.
Agora vai depende de nós, os que dizem NÃO ao aborto e SIM à vida.
Corramos com as clínicas espanholas como a padeira de Aljubarrota correu com os soldados espanhóis: à pázada. Votando NÃO na tentativa de liberalização do aborto, que uma classe política e de intelectuais de esquerda resolveu trazer à actualidade, esquecendo-se dos problemas sociais graves que abundam por este país, estes a merecerem apoio e um olhar terno e compassivo com vista à sua resolução

Os 7 sacramentos da secularidade

A liberalização do aborto faz parte da cultura que pretende destruir todos os laços de solidariedade pela promoção dos 7 sacramentos da (hipócrita) secularidade (dividir as Religiões para reinar) e que são:
Aborto
Divórcio
Homossexualidade
Eutanásia
Droga
Feminismo Radical
Manipulação Genética

Tem sido a herança do Marxismo, e que levou o Comunismo na Rússia a destruir a Familia.

Luis Soares Machado
USA

quinta-feira, novembro 23, 2006

Liberdade da mulher à custa da morte do nascituro?

Benjamin Rodrigues foi um dos seis juízes que votaram contra a proposta de realização do referendo sobre o aborto. No entanto, a proposta acabou por ser aprovada tangencialmente pelo Tribunal Constitucional, no passado dia 14, com sete votos a favor e 6 contra.
O conselheiro do TC, na sua declaração de voto, fez saber que a resposta afirmativa à pergunta a formular aos eleitores - "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?" - é inconstitucional, uma vez que viola o direito à vida.
Aquele conselheiro defende que "a vida uterina tem protecção constitucional" e que é "um direito ou garantia fundamentais",
O mesmo juiz considera que nenhum legislador pode evocar a Constituição para fazer prevalecer "a liberdade da mulher (...) à custa da morte do feto".
Mais detalhes no Diário de Notícias.

terça-feira, novembro 21, 2006

Como o diabo da cruz...

A Associação Cívica República e Laicidade tem medo dos católicos como o diabo tem medo da cruz, e vai daí, em comunicado recente, pede a proibição de quaisquer símbolos, nomeadamente da Igreja Católica, nas assembleias onde decorrerem as votações no referendo sobre a liberalização do aborto.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá apreciar esta semana este comunicado, ainda perdendo tempo com esta idiotice. É o país que temos!

domingo, novembro 19, 2006

Vida no ventre

Uma imagem vale mais do que milhares de palavras: "Vida no Ventre" um documentário da National Geographic.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Faz de conta que é um pudim de gelatina

Do blogue Pela Vida retiramos este texto chocante:

Em forma de blogue, deu a recordar a jornalista Fernanda Câncio uma entrevista feita já em 1998 e então publicada na imprensa, a uma senhora que fazia (a jornalista crê que ainda faz) abortos em casa. A conversa é edificante e não resisto a citar aqui duas passagens. Num primeiro momento, explica a entrevistada que só faz abortos "até às oito semanas". Querem saber a razão? "[...] Porque acho que até às oito semanas uma pessoa tem tempo suficiente para se decidir. E depois penso que me faria um bocado de impressão moral fazer uma coisa já maior." Ou seja: a senhora vê merecimento na tese de que depois das oito semanas a coisa lhe faz impressão. Ora, é sabido que se quer agora legitimar o aborto até às dez semanas - algo, portanto, que faz inclusivamente impressão a tão distinta entrevistada, o que talvez ajude a explicar a enorme dificuldade com que os pró-abortistas lidam com aquelas imagens que nós sabemos quais são. Adiante. Um nadinha mais à frente, explicando o funcionamento da coisa e a pouca impressão que lhe causa a matança, desde que feita até às oito semanas, remata a senhora que "aquilo sai tudo fragmentado, é como se fosse gelatina. Faz de conta que é um pudim de gelatina, que a gente, aspira e pronto..."Pudim de gelatina. A gente aspira e pronto. E pronto...
Pedro Guedes

Um ser vivo da espécie humana comparado a um pudim de gelatina...Arrepiante!

Promover a Natalidade e Não o Aborto

«O declínio da população europeia parece irreversível. Dentro de cinquente anos viveremos na feliz Eurábia. Com as actuais taxas de natalidade, no decurso de uma geração, as populações de Itália, França, Espanha, Holanda, Alemanha ficarão reduzidas a metade. Os "bárbaros" não precisarão sequer de combater. Um pouco por todo o mundo, o que espanta os não europeus é que na Europa este tema dramático não esteja no centro do debate cultural e até das campanhas eleitorais». Por Massimo Introvigne

O envelhecimento populacional e a baixa taxa de natalidade de Portugal, também como os países referidos, deveriam estar na ordem do dia, tal é a gravidade demográfica que se avizinha. Pelo contrário promove-se o aborto, o infanticídio. Muito estranho!
Precisamos de mais crianças muito mais crianças. Precisamos de uma verdadeira política de promoção da natalidade, nunca de promoção da morte de nascituros através do aborto.
Estranhas opções!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Apelo da Conferência Episcopal Portuguesa

Sobre o próximo referendo ao aborto, D. Carlos Azevedo, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse aos jornalistas que os Bispos esperam que os portugueses possam amadurecer serenamente a sua consciência nesta matéria e deixou um apelo aos que estão convictos do NÃO para que não deixem de votar.
Agora que a realização do referendo está praticamente garantida, possivelmente no 1º. trimestre de 2007, há que mobilizar os portugueses, na defesa da VIDA e no NÃO à liberalização do aborto. Por uma cultura da VIDA contra uma cultura da morte.

Tribunal Constitucional aprova pergunta para referendo

O Tribunal Constitucional aprovou esta tarde a realização do referendo sobre o aborto.
A distribuição dos votos dos 13 juízes do Tribunal Constitucional (TC) foi idêntica à verificada na votação de 1998, ou seja, sete votaram a favor e seis votaram contra.
Para saber mais aqui.
Até no TC a questão foi fracturante, mais uma vez.

O aborto é chocante...

Por vezes é necessário recorrer a imagens para se verificar quão horrendo e chocante é o aborto.
Algumas imagens do terror:

http://www.imagensdoterror.blogspot.com/

Ninguém pode ficar insensível a esta chacina de inocentes.

Tribunal Constitucional aprova referendo sobre aborto

Trissomia 21 e o referendo ao aborto

Poder "anular" uma vida à vontade, sabendo que toda a gente me entende e apoia (mesmo que não concorde). Tudo isto porque ela não é normal...; é diferente, tem um atraso mental que nunca a vai deixar tirar um curso superior, casar e ter filhos... Por estas razões eu posso matá-la. A sociedade apoia, paga e assina por baixo!!!
Achamos (o Zeca e eu) que temos os filhos para ELES serem felizes (e não nós - Pais - como muita gente acha). A felicidade é relativa e não passa obrigatoriamente por cursos superiores nem casamentos. Além de que, aprofundando o assunto, estas crianças mongolóides são tão mais descomplicadas que naturalmente são felizes. Fiquei radiante quando me apercebi e me consciencializei de que dos meus três filhos uma já ia ser feliz...aos outros dois eu ainda tinha muito que os ajudar... E isso deu-me imenso conforto!! A mongolóide era certamente a feliz!!! Que bom e maravilhoso ter essa certeza!

Um testemunho corajoso e extraordinário de uma MÃE, que optou pela VIDA, quando tinha tudo para avançar para o aborto, a começar pela lei vigente.

terça-feira, novembro 14, 2006

O aborto e as mulheres

As falácias da pergunta

É esta a pergunta aprovada na Assembleia da República no dia 19 de Outubro para constar do referendo sobre o aborto:
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"
Importa denunciar claramente as falácias contidas nesta pergunta:

Despenalização = Liberalização
Interrupção Voluntária da Gravidez = Aborto
Opção da mulher = nascituro como órgão que se extrai, ao invés de um ser vivo, de natureza humana.

Aliás em português simples e corrente a pergunta devia ser formulada desta forma:
“Qualquer mulher se não quer ter um filho, por qualquer razão, pode matá-lo até às 10 semanas de idade? Sim ou não?”
Para que todos os portugueses a entendessem claramente. Sem manipulações linguísticas!

domingo, novembro 12, 2006

Aborto questão política?

O repto a José Sócrates foi lançado primeiro por Helena Roseta e depois por Manuel Alegre. Ambos dirigiram ontem ao XV Congresso do PS, que termina hoje em Santarém, apelos solenes aos deputados do partido para que avancem com a despenalização ao aborto, mesmo em caso de vitória do "não" no referendo, bastando que a consulta não seja vinculativa. E, a avaliar pelas palmas que receberam dos delegados, o apelo encontra eco nas bases. Constituindo um autêntico desafio ao primeiro-ministro. A resposta veio pronta, pela boca de António Costa. Que disse que um referendo "é sempre politicamente vinculativo", mesmo que não votem metade dos eleitores: "Teremos de respeitar a vontade dos portugueses." Ou seja, no caso de a abstenção ser superior a 50% e ganhar o "sim", muda-se a lei no Parlamento; se vencer o "não" (como em 1998) mantém-se a lei.
Infelizmente o aborto passou a ser uma questão política e partidarizada. E vale tudo!

Nas mãos do Presidente da República

Pode o Presidente da República convocar um referendo, sabendo de antemão que um dos seus resultados pode ser politicamente adulterado por uma maioria conjuntural que não logrou um resultado com os requisitos legais necessários à procedência legislativa da questão referendada?
Conheça melhor a questão aqui.

sábado, novembro 11, 2006

Açores pelo NÃO

Este blogue é criado para, de uma forma clara, honesta e participativa, defender na Blogosfera a posição de NÃO à liberação do aborto em Portugal.