segunda-feira, novembro 27, 2006

Interrupção Violenta da Gravidez I

O excerto que se segue é de um texto da autoria do Dr. Artur Nunes da Silva, médico, e foi escrito especialmente para o blogue Pela Vida:

Aproxima-se mais uma vez uma nova discussão e um novo referendo sobre a despenalização do aborto. Os promotores do infanticídio avançam com a legalização do mesmo até às 10 semanas, como se a vida só começasse a ter valor a partir das 00 horas do 70º dia após a concepção. Um minuto antes não, ainda não é um ser vivo…, apenas algo incómodo que ocupa o ventre da mulher. O coração bate desde as 3 semanas. Ter-se-á multiplicado o número de corações da mãe? Será o coração de um animal? Certamente que não! Como é possível então que tais «iluminados», sobrepondo-se à Ciência, conseguem estabelecer uma fronteira ontológica? Disporão de conhecimentos que o Mundo desconhece? Porque não compartilham então com os médicos e todos os cientistas as suas descobertas e as suas fontes, que não são Divinas pois Deus no seu 5º Mandamento proíbe-o terminantemente? Constituiriam, tais conhecimentos, a total compreensão dos insondáveis mistérios da vida e da morte...!Desde a concepção até à morte existe apenas um ininterrupto desenvolvimento de um Ser, sem etapas estanques nem saltos evolutivos ou qualitativos. Um feto não tem sequer que ter o aspecto de uma criança, como também uma criança não tem o aspecto de um adulto nem de um idoso. Desde a fecundação até à morte existe sempre e apenas o mesmo Ser, com o mesmo código genético, único e irrepetível. Este código é o código genético de um ser humano que não pode nunca pertencer a um vegetal nem a qualquer outro ser vivo que não um humano. O não-nascido é um ser humano com a mesma dignidade de uma criança, de um adulto ou de um idoso... Nunes da Silva