Verdadeira hipocrisia e falsidade
Nos classificados dos diários de expansão nacional encontram-se anúncios de clínicas espanholas que representam uma verdadeira hipocrisia e uma enorme falsidade: Clínica dos Arcos, até com contacto telefónico em Portugal (a tal da Yolanda muito apoiada pelo ministro da saúde de Portugal), Clínica El Bosque, também com telefone em Portugal, e Clínica Dator (Madrid).
E todas elas dizem esta coisa espantosa: Tratamento voluntário da gravidez.
Como se a gravidez fosse uma doença que precisasse de ser tratada. Quiçá um tumor, um quisto, ou apêndice que necessitasse de ser extraído.
Outra coisa não se esperava destas trituradoras de nascituros, sempre na busca de bons negócios. E parece que Portugal poderá ser um mercado apetecível.
E todas elas dizem esta coisa espantosa: Tratamento voluntário da gravidez.
Como se a gravidez fosse uma doença que precisasse de ser tratada. Quiçá um tumor, um quisto, ou apêndice que necessitasse de ser extraído.
Outra coisa não se esperava destas trituradoras de nascituros, sempre na busca de bons negócios. E parece que Portugal poderá ser um mercado apetecível.
Agora vai depende de nós, os que dizem NÃO ao aborto e SIM à vida.
Corramos com as clínicas espanholas como a padeira de Aljubarrota correu com os soldados espanhóis: à pázada. Votando NÃO na tentativa de liberalização do aborto, que uma classe política e de intelectuais de esquerda resolveu trazer à actualidade, esquecendo-se dos problemas sociais graves que abundam por este país, estes a merecerem apoio e um olhar terno e compassivo com vista à sua resolução
posted by Luis Anselmo at 17:31
3 Comments:
Caro Luis Anselmo, deixemos de linguagem desse tipo! Ninguém quer mais IVG mas apenas enfrentar uma realidade com mais bom-senso e generosidade. Acabemos com a hipocrisia e a falsidade.
Caro Francisco, não podia estar mais de acordo com o desejo de acabarmos com a hipocrisia e a falsidade. Nada como começar por falar claro. Não há IVG, há sim aborto, que significa tirar a vida a um ser vivo da espécie humana que tanto o é à 9,9 semana como ó é à 10,1 semana. Não vai haver despenalização do aborto após as 10 semanas, mas há liberalização até às 10 semanas. Continuarão as mulheres a serem julgadas quando fizerem aborto à 10,1 semana.Porque continuará neste caso a ser crime. Não existe tratamento voluntário de gravidez há sim a morte de um nascituro.Para falar bem claro. Até agora só se via um pequeno anúncio nos classificados da Clínica dos Arcos. Agora vê-se vários anúncios de várias clínicas espanholas que "cheiram" o negócio. Com o apoio implícito do ministro da saúde. Bom-senso é admitir que este país tem um problema grave de natalidade, e de consequente envelhecimento da populaç~so, que pode ter consequências muito graves no futuro. E que precisa de mais e mais crianças. Que deveria haver uma preocupação por uma verdadeira política de maternidade e natalidade. Dando mais e melhores condições para as mulheres terem filhos. Hipocrisia é fechar maternidades e abrir clínicas e serviços para abortos. E que o aborto seja pago por todos nós, contribuintes. Como a gravidez se tratasse de uma doença a ser "tratada", tirando a vida a um ser indefeso e inocente. De facto há muita hipocrisia e demais falsidade. Numa certa classe que acha que modernidade é sinónimo de cultura da morte.
Caro Luis Anselmo, fico triste com tanta incompreensão e falta de generosidade para com este problema (porque é um problema que todos gostariamos que não existisse). Quem sois vós para condenar as mulheres que fizeram ou fazem IVG? Não percebo e, repito, fico triste por tais posições vindas de pessoas e organizaçoes cristãs, que deviam ser sinónimo de compreensão e perdão. São posições radicais e fundamentalistas, alicerçadas em duvidosos e hipócritas princípios éticos de "defesa da vida" (que servem para umas coisas e não servem para outras: recordo, por exemplo, a questão da SIDA e do preservativo) que fazem deste um mundo muito pior e foram (e, pelos vistos, continuarão a ser) responsáveis por muitos atentados contra a vida. Triste.
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