terça-feira, dezembro 05, 2006

Assistência e protecção jurídica do nascituro

O feto tem a capacidade de perceber o mundo circundante antes ainda de vir ao mundo: no útero materno vive uma vida intensa de sensações, aprende, recorda, sonha. São os resultados da investigação científica mais avançada, ilustrados pelo Prof. Carlo Valerio Bellieni, neonatologista de fama internacional, que desenvolve a sua actividade em Sena, no Hospital Le Scotte e na Universidade, onde ensina Terapia neo-natal na Escola de especialização de Pediatria.
Entre as suas numerosas publicações, assinalamos o recente volume «L’alba dell’“io” . Dolore, desiderio, sogno, memoria del feto» [ndt.:«A aurora do “eu”. Dor, desejo, sonho, memória do feto»] (Società Editrice Fiorentina, 2004). Um livro que oferece considerações rigorosas que defendem o reconhecimento do embrião como pessoa também do ponto de vista médico.De facto, da fenomenologia da vida fetal descrita por Bellieni com chamadas de atenção pontuais para a literatura biomédica, emerge a ideia de que já não é possível considerar o feto como um mero apêndice da mãe e que os dados de facto científicos devem, portanto, ser aplicados na prática; isto significa garantir assistência e protecção jurídica ao nascituro, a partir do momento em que o óvulo e o espermatozóide se unem dando origem a um novo ser humano.