sábado, dezembro 09, 2006

Aborto:meio para alcançar um fim maior

Os militantes do Sim tentaram, tentaram, mas não conseguiram.Eles disseram que o aborto era um mal e que apenas pretendiam evitar que as mulheres fossem estigmatizadas.
Por diversas vezes, tentámos contraditá-los, evidenciando o erro da chamada à colação da ideia de liberdade – cujo exercício já se tinha esgotado a montante – e procurando que nos explicassem como se posicionariam diante de uma mulher que, porque descobre tardiamente a gravidez, aborta depois das 10 semanas. Nunca quiseram responder. Quantas vezes preferiram o ataque rasteiro ao ensaio do esclarecimento.
Até hoje. Em que, sem pejo ou pudor, mostram abertamente o que lhes vai na alma. Vêem o aborto como um direito e, alicerçando-se nele, procuram a transformação social das relações de poder.É grave. Muito grave que assim seja.Grave porque se percebe claramente o intuito ilusório do politicamente correcto com que nos têm inundado e com o qual procuram enganar o eleitorado.Grave porque não é o escopo humanitário que os ilumina, mas, outrossim, a procura sub-reptícia do aniquilamento, não só dos embriões, mas da estrutura civilizacional de que somos herdeiros directos.
O aborto é um meio para alcançar um fim maior. Não sou eu que o digo, mas uma militante do BE.E, nessa quimera, a instrumentalização da pessoa humana não conhece limites.
Um texto a não perder da Mafalda, no Blogue do Não.
À maneira que o tempo vai passando os agentes da cultura da morte vão escorregando e demonstrando exactamente o que pretendem:
a destruição da estrutura civilizacional em vigor.
Com o apoio deste governo e de interesses económicos muito fortes.