quarta-feira, janeiro 31, 2007

No Referendo, Voto Não!

Um texto do Dr. João Bosco Mota Amaral, deputado, ex-presidente da Assembleia da República.

Ainda não consegui perceber os argumentos do PS em favor do sim à liberalização do aborto.
Tanto o Primeiro-Ministro José Sócrates como o Presidente do Grupo Parlamentar Alberto Martins têm sido pródigos em repeti-los, aliás sem grande esforço de criatividade. Mas o certo é que não me acabam de convencer.
Dizem os dirigentes socialistas que é preciso acabar com os julgamentos de mulheres que fizeram abortos.
Se tal é o objectivo, a pretendida reforma legislativa, para a qual se convoca o referendo de 11 de Fevereiro, é manifestamente insuficiente.
O PS defende que deve ser livre a qualquer mulher abortar, até às dez semanas de gravidez, sem ter de invocar para tal qualquer motivo e recorrendo aos serviços de saúde, oficiais ou privados, por conta do Estado.
Quanto a este último aspecto, o Ministro da Saúde esclareceu já que o custo de cada aborto não excederá 350 euros e que, se houver muitos médicos a invocarem objecção de consciência, celebrará acordos com as clínicas espanholas especializadas na matéria, que pelos vistos estão muito interessadas no novo nicho de mercado.
Segundo uma das activistas dos movimentos sim, em 2005, só numa cidade fronteiriça de Espanha, foram assistidas cerca de 2000 mulheres portuguesas.
Como deve haver várias cidades dessas com o mesmo tipo de facilidades assistenciais, aplicando os cálculos da dita activista, os números em causa de abortos e os valores pecuniários neles envolvidos, serão decerto significativos.
Um estudo muito referenciado nas últimas semanas diz que 73 por cento dos abortos acontecem até às dez semanas. O que significa — dando por bom tal estudo — que 27 por cento dos abortos voluntários são feitos para além das dez semanas e portanto continuarão a ser ilegais e mesmo criminosos.
Donde se deduz que o objectivo socialista de acabar com os julgamentos de mulheres que fizeram abortos não será garantido com a vitória do sim no referendo! Para isso, seria necessário liberalizar o aborto sem limite de prazo, como acontece em algumas, poucas, legislações.
Mas isso é coisa que os socialistas não se atrevem a defender, por mais que declarem ter adoptado a reivindicação da livre escolha, propagandeada pelo movimento feminista internacional.
Afinal parece que estamos todos de acordo em reconhecer a protecção da vida intra-uterina como um avanço civilizacional.
O progresso científico tornou inquestionável que desde o momento da concepção existe vida, com as características de identificação individual que tipificam o ser humano.
É aqui que entra o segundo argumento do PS em favor do sim no referendo. Sobre o início da vida humana o PS refugia-se numa posição agnóstica, dizendo que não sabe nem quer discutir o assunto. Para os altos dirigentes socialistas, o que se trata apenas é de alterar o Código Penal, o que lhes parece inócuo e fora de um debate sobre questões de fundo acerca da dignidade única de cada ser humano.
Mas a questão é exactamente esta e a posição quanto a liberalizar o aborto a pedido até às 10 semanas, ou não, está condicionada pelos conceitos que cada um perfilha acerca dos melindrosos problemas mencionados.
O aborto voluntário é sempre chocante. Daí o esforço em substituir até o próprio nome pela eufemística expressão interrupção voluntária da gravidez — como se fosse possível interrompê-la sem lhe pôr termo… — reduzida mesmo às iniciais assépticas IVG…
Bem sensíveis a isso, os partidários do sim no referendo proclamam mesmo o seu não ao aborto, suponho que clandestino e inseguro, se é que tal declaração pretende ter algum sentido.
Mas como é que se elimina o aborto clandestino se afinal a alteração legislativa pretendida apenas liberaliza o aborto até às dez semanas e 27 por cento dos abortos, segundo o citado estudo, vão para além deste prazo?
Parece-me evidente que, mesmo caso o sim vencesse — o que os próprios entusiastas do respectivo movimento já duvidam… — o Estado não poderia mandar fazer nos hospitais públicos nem pagar em clínicas privadas os abortos para além das dez semanas; e ficaria, como atrás se demonstrou, obrigado a perseguir penalmente quem em tal se envolvesse, por respeito pelo valor das leis num Estado de Direito democrático.
Para complicar a situação, o Ministro da Saúde já veio esclarecer que não é possível garantir o anonimato das mulheres que vierem a fazer abortos nos hospitais públicos. Mais um motivo óbvio para concluir que o outro objectivo socialista de acabar com o aborto clandestino não é alcançável mediante o sim no referendo.
Aludi aos argumentos do PS pelo sim, mas os dos outros partidos alinhados no mesmo movimento afinam pelo mesmo diapasão.
É por isso que o voto não, no referendo do dia 11 de Fevereiro, se me afigura a escolha conforme à razão.

One Love / Aborto / Abortion

Um país que mata seus filhos não tem futuro.

Aborto Explora as Mulheres

Não é definitivamente uma solução...É um desatre físico e emocional que provoca um morto(bebé) e um ferido (mãe).

segunda-feira, janeiro 29, 2007

É este o caminho que nos querem indicar?

O número de abortos legais na Rússia ultrapassa o número de nascimentos, num país com uma das mais liberais legislações sobre a interrupção voluntária da gravidez e que foi o primeiro a legalizar a prática, em 1924.
Já Norma McCorvey, a famosa ex-activista abortista americana, que esteve na base da legalização do aborto nos Estados Unidos em 1973, e que agora defende acerrimamente a Vida, avisava no início de Dezembro em Lisboa: quando se cede neste processo de liberalização do aborto o processo nunca mais pára. Agora são 10 semanas depois 12, depois 20 e mais, até ao Aborto com Nascimento Parcial, uma crueldade medonha e horrenda.
Portanto o melhor é votar NÃO e dar mais uma machadada na cultura da morte.

domingo, janeiro 28, 2007

Pergunta do referendo visa a liberalização

O constitucionalista Jorge Miranda considera que a pergunta do referendo de 11 de Fevereiro visa a liberalização e não a despenalização do aborto, considerando que uma futura lei nesse sentido violará a Constituição.
Portanto se o Sim ganhar a futura lei violará a Constituição.
Como os Portugueses são intrinsicamente pela Vida não vamos ter esta questão jurídica para ser dirimida.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Um manifesto ateu e liberal pela defesa da vida

Muitos dos militantes pelo ‘Sim’ à despenalização do aborto têm ao longo dos anos tentado transformar os defensores do ‘Não’ em ratos de sacristia, fantoches de uma organização pretensamente manipuladora e poderosa que, camuflando-se na sociedade civil, tentava evitar os grandes movimentos reformistas da Humanidade.Para eles em especial, aqui vai o meu testemunho pessoal: Sou ateu – nalgumas matérias até anti-clerical - e profundamente liberal, colocando o indivíduo e os seus direitos quase sempre à frente dos direitos de qualquer colectivo abstracto, seja ele o Estado, a Pátria ou o Povo.Não considero aceitável que terceiros tenham o direito de interferir nas minhas escolhas e de proibir os meus hábitos assim como não julgo que tenha o direito de os culpar pelas mesmas, ocasionalmente erradas. Como ser humano considero-me responsável por todos os meus actos, mesmo os mais irresponsáveis, e responderei sempre por eles, sem por uma vez me escudar atrás dos meus pares.Apesar de tudo o que acima disse, voto convictamente ‘Não’ à despenalização do aborto até às 10 semanas, em plena coerência com os meus ideais.Voto ‘Não’ porque, como ateu, reconheço à vida um carácter único e incomparável e à consciência humana o limiar máximo dessa consciência. Afastar para sempre alguém dessa percepção sensorial e intelectual é um crime, esteja ou não escrito na lei. Se um crente ainda poderá ter a fé num destino mais alto, a minha visão é bem menos idílica e mais niilista.Voto ‘Não’ porque reconheço ao feto, como aos restantes seres humanos, o direito inalienável à vida – a não ser por decisão própria, impossível de tomar conscientemente mas no qual enquadro os casos de malformação e morte intra-uterina, ou em situação de conflito de interesses de igual dimensão entre o feto e a mãe, como seja o risco de vida físico ou psicológico da mãe, onde se enquadram de um modo geral as restantes situações já salvaguardas pela lei.Voto ‘Não’ porque, embora não me agrade ver mulheres julgadas pela prática do aborto, não me desagrada mais do que muitas outras situações que conduzem muitos outros cidadãos à prisão, a maioria das quais por crimes que não atentaram contra qualquer vida mas que a sociedade considerou suficientemente graves para serem criminalizados. Essa discussão poderá ser tida após o referendo, em sede parlamentar, mas sem desculpabilizar a prática do aborto.Voto ‘Não’, em suma, porque acredito que a liberdade é directamente proporcional à responsabilidade individual e ao diminuirmos a segunda estaremos inexoravelmente a abdicar da primeira.
Diogo Almeida, no Blogue do Não.

Apenas num terço da pergunta...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

O PECEC (Processo de Estatização da Campanha em Curso)

“Não queremos partidarizar a campanha”, disse José Sócrates.
Pois não. Querem estatizá-la.
Se participar em acções pelo “sim” é um direito de qualquer eleito, já as declarações de Maria José Morgado sobre o nexo entre corrupção e aborto clandestino parecem bastante mais cinzentas. Para todos os efeitos, o poder judicial tomou posição num referendo que divide profundamente os portugueses. É certo que o Procurador-Geral da República veio esclarecer, entretanto, que a sua adjunta se pronunciara na qualidade de cidadã e jurista, mas ninguém ficou muito convencido. Afinal, qual é a autoridade da cidadã Maria José Morgado para falar de corrupção?
Mais grave, porém (a ser verdade a denúncia do líder do CDS, José Ribeiro e Castro), é o ofício emitido pela Direcção Regional de Saúde de Faro a aconselhar o voto no “sim”aos seus funcionários. Trata-se não só de usar a máquina do Estado para fazer campanha, mas de pura e simples coacção profissional. Ainda ninguém desmentiu o caso. E era bom que o Ministro da Saúde, tão loquaz em matérias conexas, viesse tranquilizar-nos.
O que é que se segue? Pedirem-nos uma fotocópia da cruzinha no “sim” para tirar a senha na repartição?
Pedro Picoito 23 de Janeiro de 2007
No Assim NÃO.

terça-feira, janeiro 23, 2007

POR TI

Por ti não aborto - Mulheres em Acção

Um Católico é claramente pelo NÃO

Sublinhando sempre que “o aborto não é uma questão religiosa mas de direito” e que “um católico, dadas as suas convicções mais profundas, é claramente pelo ‘não’”, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), apelou ontem, em Braga, à “serenidade” na campanha para o referendo ao aborto do próximo dia 11 de Fevereiro.
Hoje no Correio da Manhã.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Açores pela Vida: acções de sensibilização

Terça-Feira, dia 23 de Janeiro, 18 horas, S. Miguel Park Hotel

Apresentação das Mandatárias, juventude e regional

Quarta-Feira, dia 24 de Janeiro, 15 horas, Auditório da Escola de Enfermagem

Conferência proferida pelo Dr. José Diogo Ferreira Martins, Cardiologista Pediátrico, denominada de “O desenvolvimento do coração até às 10 semanas”.

Deambulações de alguns Sim

Basta Pedir

Neste referendo estamos a falar da liberalização total e incondicional do aborto até às 10 semanas. Isto significa que até às 10 semanas basta o pedido da mãe para que o aborto seja efectuado. A mãe não precisa de invocar qualquer razão para justificar o seu pedido, basta querer o aborto. A mãe passa a ter total disponibilidade sobre o fim ou a continuação daquela vida. Sozinha.
Não estamos, por isso, a falar:
de aborto livre depois das 10 semanas;
de aborto na sequência de violação da mãe (actual lei já permite);
de aborto no caso de má formação do bébé (actual lei já permite);
de aborto na situação de risco para a saúde física e psíquica da mãe (actual lei já permite).
Isto significa que:
a generalidade dos casos que foram a julgamento por prática de aborto continuarão a ir a julgamento ainda que a proposta de lei venha a ser aprovada na sequência do referendo;
até às 10 semanas não é pedido qualquer esforço de compatibilização entre valores opostos: não há que decidir entre a vida da mãe ou a da criança, entre o sofrimento imputável à mãe por ter de suportar uma gravidez fruto de violação e a vida da criança, entre o sofrimento de ter uma criança deficiente e a vida da criança. Basta pedir.
Assunção Cristas 21 de Janeiro de 2007
No blogue Assim NÃO

Ecografia às 10 semanas

domingo, janeiro 21, 2007

Apresentação de Mandatárias


O movimento de cidadãos Açores pela Vida vai apresentar Terça-feira, dia 23 de Janeiro, às 18 horas, no S. Miguel Park Hotel as mandatárias da juventude e regional respectivamente.
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Açores pela Vida distribui folheto


O movimento de cidadãos Açores pela Vida iniciou já a distribuição por toda a ilha de S. Miguel e pela Terceira do seu folheto com as razões para o NÃO à pergunta (aliás capciosa!) que nos vão presentear no Referendo do dia 11 de Fevereiro.
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Médicos pelo Sim?

"Como médico e como professor de Medicina, pasmo, atónito, ao ver que há médicos pelo Sim! Onde aprenderam, ou verdadeiramente não aprenderam, a Embriologia Humana? Que Escolas Médicas frequentarem que não lhes ensinaram os factos científicos sobre o momento do começo duma vida humana? Como não aprenderam que a vida humana entra a desenvolver-se num continuum, sem interrupções nem saltos? Mas isto é verdade? Digam-me os seus nomes, senhores meus colegas!
(...)
Os médicos que se metem a fazer campanha pelo Sim ao aborto têm uma responsabilidade acrescida pelo facto de serem médicos. Mas não digam que é uma base científico-biológica que fundamenta o que dizem. A prova científica está feita.
(...)
Que vida existiu antes da data que arbitrariamente se escolhe para seu começo? Amiba...? Peixe...? Réptil...? Ainda se crê que a ontogenia repete a filogenia, como o fez Haeckel no século XIX?"
Levi Guerra, Professor da Faculdade de Medicina do Porto
in Voz Portucalense

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Despenalização tão banal como um telemóvel

O economista João César das Neves afirmou hoje que, se o aborto for despenalizado, passará a ser algo "tão normal como um telemóvel".

João César das Neves falava durante uma conferência de imprensa com o tema "a liberalização do aborto e aumento do número de abortos", a menos de um mês da realização do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas.

No encontro com a comunicação social, o economista apresentou dados europeus (Eurostat) sobre o crescimento do número de abortos após a sua liberalização em países europeus, Estados Unidos e Canadá. De acordo com estes dados, citados pelo economista, a liberalização conduziu a "um aumento generalizado do número de abortos".

As taxas de crescimento do aborto nos primeiros anos após a liberalização quase triplicaram, disse João César das Neves, acrescentando que "esse crescimento manteve-se até à actualidade, embora a um ritmo mais brando".

Para o economista, este fenómeno "tem um paralelo económico": a chegada de um produto novo ao mercado.

Tal como aconteceu com os telemóveis, João César das Neves prevê que exista um aumento exponencial do número de abortos, como com os telemóveis adquiridos pelos portugueses.

A liberalização do aborto é seguida de "uma cultura abortista, em que este passa a ser uma coisa normal, como um telemóvel".

O economista denunciou ainda que, caso o aborto venha a ser despenaliza até às dez semanas, "muitos médicos que aleguem objecção da consciência para não realizar a intervenção serão prejudicados".

Quando questionado sobre a origem destas informações, João César das Neves disse que chegou a esta conclusão "pensando" e disse recear que "os hospitais — actualmente locais de vida —, passem a ser espaços de morte".

A propósito do financiamento da campanha do "não" à despenalização do aborto, a jurista Isilda Pegada disse que estão previstos 400 mil euros, provenientes de donativos dos apoiantes do "não".

O novo cartaz da Plataforma Não Obrigada, hoje apresentado, é novamente uma pergunta: "Contribuir com o meu voto para aumentar o número de abortos?"

Lusa

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Grande marcha pela vida em França

A Federação de organizações de Defesa da Vida na França convocaram uma "Grande Marcha para a defesa da Vida" em 21 de Janeiro de 2007, que se realizará pela terceira vez em Paris.
A convocatória à marcha, que se estendeu a organizações pró-vida da Espanha, Bélgica, Alemanha e Itália, assinala que "aqui na França 220.000 crianças são assassinados cada ano pelo aborto; e já são mais de 7 milhões de pessoas que morreram da legalização do aborto no país".
"Milhares de pessoas participaram da grande marcha pela Vida em 2005 e 2006. Este ano vamos ser mais numerosos!", assinala o convite.
O aborto na França, segundo os organizadores da marcha, tem "consequências sobre o envelhecimento demográfico, o fechamento de casas de maternidade e escolas, e o problema das pensões dos aposentados"; além de "uma desagregação familiar e a desvalorização completa do ser humano, em todas as situações de debilidade, especialmente ao começo e ao fim de sua vida".

Publicado no Portal da Família.
E em Portugal estamos mais uma vez em contraciclo em relação à Europa. Pretende o Estado liberalizar o aborto quando a tendência europeia é o regresso ao humanismo, à defesa da Vida, contra o envelhecimento da população.

Governo Australiano preocupado com o aborto

O ministro da saúde da Austrália, Tony Abbott, decidiu começar o novo ano em busca de uma solução para o grande número de abortos em seu país. Para isso, está contando com a ajuda da empresa McKessons, que contratou Centacare, uma associação ligada à Igreja Católica.
A idéia é oferecer apoio via telefone a mulheres e jovens grávidas por meio da Carolina Chisholm Society, uma organização independente de apoio a mulheres nessa situação e a seus familiares.
Os profissionais da Centacare, segundo Abbott, "tem dado conselho sem pré-julgamentos há anos". O ministro também declarou que o serviço telefônico terá início no dia primeiro de maio.
De acordo com os dados divulgados pelo Governo australiano, são praticados 100 mil abortos por ano no país, que conta com vinte milhões de habitantes
.
Fonte: Análisis digital, 09/01/2007.
Publicado no Portal da Família em 11/01/2007.
Pois é, e aqui neste jardim à beira-mar plantado, chamado de Portugal, queremos liberalizar o aborto quando vários e importantes países querem retroceder na cultura da morte, para uma cultura da VIDA, promovendo a maternidade e a natalidade. Que até é uma questão de sobrevivência: populacional, social e económica!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Direito de matar

Digam o que disserem, dêem-lhe o nome que lhe derem, há coisas que não se conseguem esconder.
O que vai a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro é o direito de suprimir uma vida. E de a suprimir por mera vontade da mãe, sem quaisquer outras razões. Será que os defensores do sim lhe chamam mãe? Será que lhe chamam somente mulher? Será que só lhe chamariam mãe caso a criança viesse a nascer? Ou apenas tivesse escapado àquilo que pudicamente – e com bem menos verdade – chamam interrupção voluntária da gravidez? Porque, ligado ao referendo, é bem menos que isso: aí, o nome devia ser completado com tudo o mais que condiciona a respectiva permissão e a (consequente) despenalização. A interrupção voluntária da gravidez, sem mais nada e fora as excepções legais já existentes, essa é para continuar a ser considerada crime. Só o não será se, efectuada por desejo da mulher (grávida do feto que se pretende destruir, entenda-se), o for apenas nas primeiras dez semanas (após a concepção, entenda-se também) e em estabelecimento de saúde legalmente autorizado. Com o que, em alegado nome de um – mitigado… – direito da mulher ao seu próprio corpo e ainda da saúde pública, se permitirá que qualquer grávida possa, sem incorrer em punição, promover a morte do ser vivo que traz dentro de si – verificados que sejam o pressuposto temporal e o sanitário. Sem eles, zás, aqui temos de novo o crime! E o processo. E o julgamento. E as cenas habituais dos abortistas à porta do tribunal. E a pressão sobre os juízes. Porque, não nos iludamos, no país que somos e na sociedade que temos, medidas destas não vão pôr termo ao aborto clandestino. Neste país que somos e na sociedade que temos – com as crianças a fazerem-se sem se pensar nisso (e sem nada ser dito e muito menos empreendido para que nisso se pense) – não é de esperar que todas as mulheres descontentes com uma gravidez mais ou menos acidental passem a recorrer para o efeito à clínica privada (e interessada, se for disponível) ou às bichas do Serviço Nacional de Saúde. Nem sequer é isto o objectivo dos paladinos do aborto livre, do pleno direito à barriga, etc. – os mesmos da manifestação à porta dos tribunais, os que querem as medidas ditas fracturantes da ordem emergente da cultura que (bem a custo, diga-se) conseguiu, e só na segunda metade do século XX, dar a máxima realização prática ao preceito de não matar. Para eles, esta será apenas uma brecha, uma mais, na muralha civilizacional que ainda se opõe ao que, pretensamente em nome da vida, em última análise defendem: uma cultura de morte.
Álvaro Monjardino
Hoje no Açoriano Oriental (para assinantes).

terça-feira, janeiro 16, 2007

Humilhação das mulheres

Um dos argumentos do Sim é alterar a lei para nunca mais haver humilhação das mulheres que abortarem. Mais uma descarada falácia!
Se o Sim ganhar vai continuar a ser crime o aborto para além das 10 semanas.
Se o Sim ganhar vai continuar a ser crime o aborto realizado em vão de escada.
Se o Sim ganhar vai continuar a ser crime o aborto realizado em unidade de saúde não certificada para o efeito.
Então, esta liberação pretendida nada resolve, e mais complica a situação já dramática de mulheres que infelizmente poderão não ter condições psicológicas nem financeiras para levarem até ao fim as gravidezes. Porque este mesmo Estado que quer alterar a lei não as criou ou não as proporcionou. E indica como solução o aborto!

sábado, janeiro 13, 2007

Sobre as sondagens

Como alguns ainda se lembrarão já houve um referendo sobre o aborto, realizado em Junho de 1998.Do que talvez ninguém se lembre é das sondagens de então: por exemplo, quem se recorda que a 6 de Junho de 1998 o "Expresso" publicava uma sondagem Expresso/Euroexpansão (elaborada precisamente um mês antes do referendo) onde se anunciava que: "a esmagadora maioria dos portugueses (81 %) tem a intenção de votar no referendo sobre a despenalização do aborto, dia 28 de Junho. Ainda de acordo com esta consulta, o 'sim' ganha por 25 pontos percentuais e o número de indecisos é consideravelmente baixo: a cerca de um mês da realização do referendo, apenas 9% ainda não sabem como irão votar."No dia 28 de Junho seguinte efectuou-se o referendo. Votaram apenas 32% dos potenciais votantes, sendo que 51% votaram contra e 49% votaram a favor.Não pensem em argumentar que se tratou apenas de uma sondagem: todas as sondagens que se publicaram até ao dia do referendo, em vários órgãos de informação, davam como certos resultados semelhantes ao anunciado no "Expresso".
Ou os portugueses aprenderam a mentir aos sondadores (o que só abona a seu favor) ou os sondadores se habituaram a mentir aos portugueses
.
No Blogue do Não.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Porque não está o 'sim' na rua como já está o 'NÃO' ?

Parece simples a explicação:
Porque não têm a força da VIDA;
Porque não têm argumentos fortes, consistentes e válidos;
Porque envergonham-se em defenderem a Morte;
Porque estão politizados;
Porque estão "encaixados" em partidos de esquerda;

E assim para os "sim"tudo isto é uma grande maçada!

O NÃO caminha em força...

A um mês da realização do referendo sobre o aborto, a campanha de esclarecimento do movimento pelo ‘não’ à interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, no terreno já há um mês, parece estar a dar frutos.
No Correio da Manhã hoje.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A lei não ultrapassa a ética

O antigo bastonário da Ordem dos Médicos, Gentil Martins, esta terça-feira aos clínicos para que sejam objectores de consciência e se recusem a fazer abortos caso o «sim» vença no referendo, porque a «lei não ultrapassa a ética», refere a Lusa.
«Espero que a esmagadora maioria dos médicos seja objector de consciência», disse hoje o médico, durante a apresentação do movimento contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) «Diz não à discriminação».
No Portugal Diário.

14 Movimentos pelo NÃO


Estão já constituídos 14 movimentos cívicos para o NÃO ao aborto, do norte ao sul e de este a oeste do país.
Foram recolhidas 150.000 assinaturas em todo o país.
O movimento de cidadãos Acores pela Vida recolheu 4.500 assinaturas para a Plataforma Não Obrigada e 1.500 assinaturas para o Alentejo pelo Não, numa verdadeira rede de solidariedade e união em torno da defesa intransigente da VIDA.
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domingo, janeiro 07, 2007

A grande mobilização do NÃO

No dia 11 de Fevereiro...



NÃO queremos ser Herodes dos nossos tempos e promover a matança de inocentes;
No dia 11 de Fevereiro, dia mundial do doente, NÃO queremos que o país fique ainda mais doente.
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Movimentos pelo NÃO em convenção

Na convenção nacional, Isilda Pegado apelou também para o tipo de linguagem preferencial.
A convenção Nacional pelo «Não ao Aborto» foi um motivo para os grupos cívicos da campanha pelo “Não à liberalização do aborto se encontrassem e afinassem alguns argumentos” – disse à Agência ECCLESIA Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida. Hoje (6 de Janeiro), na Edifício da Alfândega do Porto, realizou-se um encontro nacional de grupos de cidadãos eleitores que se propõem defender o «Não» no referendo ao aborto, a realizar dia 11 de Fevereiro. Nesta iniciativa, os participantes definiram também algumas estratégias comuns, “respeitando, obviamente, a diversidade que cada um deles trouxe”.
Esta diversidade é uma “riqueza ao movimento pelo não” – realçou Isilda Pegado. E acrescenta: “não há, propriamente, uma estratégia porque cada grupo cívico tem uma estratégia”. Dar indicações e apontar caminhos para os tipos de “linguagem que nos parecem preferenciais” foram pontos focados nesta convenção. A demonstração de que o problema central do aborto é “a eliminação de uma vida humana” e, em simultâneo, também destrói “a vida de uma mulher” – foi motivo de reflexão.
Do ponto de vista social, com a liberalização do aborto o “dinheiro dos portugueses” será, em parte, “canalizado para clínicas de aborto” – disse. Na convenção – com a participação de muitos movimentos -, os presentes apelaram também para a “cultura da responsabilidade e da seriedade”. O aborto “é sempre uma ferida, na criança que nasceria e também mãe” – esclarece Isilda Pegado.
De norte a sul do país, muitos cidadãos eleitores estão mobilizados para esta questão e nascem com frequência grupos a defender o «não» ao aborto. Não existem movimentos em demasia porque os “tempos de antena são divididos entre os diferentes grupos existentes no país”. Se, do lado dos defensores do «sim», existirem “cinco grupos e nós tivermos 15 grupos teremos mais tempo de antena”. E avança: “é uma estratégia” mas “respeitamos a diversidade do país”.
Para o próximo sábado (13 de Janeiro), em Fátima, realizar-se-á uma jornada pela vida promovida pelos movimentos cívicos defensores do «não» ao aborto

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Apresentação Açores pela Vida


O movimento de cidadãos Açores pela Vida, integrado na Plataforma Não Obrigada, vai ser apresentado formalmente, segunda-feira, dia 8 de Janeiro, às 11 horas, na sala de reuniões do S. Miguel Park Hotel (antigo Seminário).
Todos os que defendem a Vida e estão dispostos a responder Não ao aborto estão convidados.
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Pela Vida


O movimento de cidadãos Açores pela Vida "arrecadou" mais de 4.000 assinaturas para a Plataforma Não Obrigada.
E pretende agora obter 1.500 assinaturas para o Alentejo pelo Não, num verdadeiro trabalho em rede, de solidariedade pela VIDA .
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quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ninguém tem o direito de destruir uma vida

Sou mulher e, segundo alguns, parece que devia estar contente porque querem oferecer-me o aborto livre e gratuito; dizem que é para me dar mais um direito. Mas eu estou triste. Eu não quero o direito de poder matar um filho em momento algum da sua vida, e sei que mesmo que a lei um dia o declare, preto no branco, esse direito continuará sempre a ser uma mentira: ninguém tem o direito de destruir uma vida.
Thereza Ameal na Alameda Digital.

E os que vivem do negócio do aborto?

... Abreviando, estou eu a querer dizer o seguinte: a previsão legal do crime de aborto serve para muito mais do que para perseguir mulheres grávidas. Serve essencialmente para perseguir por esta via quem faz negócio dessa prática. E que com a despenalização continuará no ramo, agora de porta aberta, ou passará a trabalhar nas clínicas espanholas. Fala-se só nas mulheres grávidas para esquecer o facto incómodo de os despenalizados serem fundamentalmente os outros (os que vivem disso, e os que levam a isso) ...
Manuel Azinhal na Alameda Digital

terça-feira, janeiro 02, 2007

Caminhada pela VIDA


Pela Vida, vale fazer quilómetros...Caminhada pela Vida.
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segunda-feira, janeiro 01, 2007

É este o caminho?


O aborto em Espanha cresceu em 2005 quase 8%, para um total de 91.604.
É este o caminho por onde alguns liderados por uma élite(?) de políticos e intelectuais nos querem levar? Não, obrigada.
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Aborto é exclusão social

Oposição à "violência" do aborto

O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, reforçou hoje a oposição à despenalização do aborto durante a homilia do hojeDia Mundial da Paz, advertindo que a falta de respeito pela vida embrionária "é uma violência" que origina outras violências.
"A vida não é um bem arbitrário, de que se possa dispor ao sabor de políticas, de interesses pessoais ou mesmo de sofrimentos inevitáveis", disse o cardeal durante a homilia realizada na paróquia de Santo António, no Estoril.
No Público de hoje.